Marcio Minguta

Como uma guerra por procuração pode destruir a Ucrânia e redefinir o poder global

Guerra


Como uma guerra por procuração pode destruir a Ucrânia e redefinir o poder global

Tem um ditado antigo que diz: na briga do mar com o rochedo, quem sofre é o marisco. É uma imagem simples, mas explica muito bem o que acontece hoje com a Ucrânia — esmagada entre gigantes que disputam força, território e prestígio, usando vidas como se fossem peças de laboratório.

Os Estados Unidos decidiram enviar mais baterias de mísseis Patriot para a Ucrânia, vendendo isso como ajuda para “defender a democracia”. Mas a verdade é mais feia: por trás da bandeira tremulando ao vento, existe um propósito bem mais frio — testar, em campo real, se os mísseis americanos ainda são páreo para as armas hipersônicas que a Rússia vem exibindo como troféus de tecnologia. Entre elas, nomes que já viraram lendas modernas da destruição: AvangardSarmatKinzhal. Velocidades absurdas, manobras impossíveis, ogivas que atravessam continentes em minutos. Um pesadelo que faz tremer até o mais confiável escudo antimíssil.

De um lado, Washington manda hardware de bilhões. Do outro, Moscou faz questão de virar tudo em alvo. Cada radar derrubado, cada lançador fumegando em chamas, é mais do que um ataque — é um recado: “nós também sabemos jogar esse jogo”. E no meio? O marisco, a Ucrânia, tentando sobreviver entre explosões, crateras e a promessa vazia de que tudo isso é por liberdade.

No fundo, ninguém ganha — a não ser os donos das fábricas de mísseis, tanques, drones. Esses sim enchem o bolso a cada foto de um blindado queimando ou de um prédio em ruínas. Cada ataque bem-sucedido é manchete, cada morte é estatística — e dividendos. E nós, o resto do mundo, somos obrigados a assistir, pagando a conta quando a nova corrida armamentista bater na porta: mais impostos, menos escola, menos hospital, menos futuro.

A maior ironia? Lá atrás, os Estados Unidos venderam a si mesmos como o pacificador do planeta. Hoje se perderam no labirinto da própria ganância — gastando mais em armas do que em qualquer tentativa de diálogo real. E, enquanto isso, a Ucrânia sangra, desarmada de couraça, aguentando pancada que não era dela pra começar.



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