A hora do Brasil é agora — mas não de joelhos

O mundo se reorganiza. Os BRICS avançam. Os EUA reagem. E o Brasil? Tem a chance de ser protagonista — mas só se levantar a cabeça

Colabore com a manutenção do jornal: pix@tribuna.com.br
A hora do Brasil é agora — mas não de joelhos Imagem gerada por IA

O recente aumento das tarifas dos Estados Unidos sobre exportações brasileiras é mais do que uma manobra comercial. É um gesto de poder. Um lembrete de que, em tempos de transição geopolítica, os países que ainda não escolheram um lado se tornam o centro do tabuleiro. E o Brasil, queira ou não, está no meio do jogo.


O mundo se reorganiza. Os BRICS se expandem, a China avança sobre corredores estratégicos da Ásia, África e América Latina, e a Rússia se reposiciona como eixo energético e militar na Eurásia. Enquanto isso, os Estados Unidos ensaiam uma retomada de protagonismo — inclusive na sua “área de influência tradicional”: a América Latina.


Não é coincidência que as tarifas americanas atinjam setores sensíveis da economia brasileira. Trata-se de um recado político. Mas não se deve ver nisso uma provocação gratuita. É um movimento típico de realinhamento, de quem deseja testar os limites e avaliar a resposta.


O Brasil, nesse contexto, precisa reafirmar sua soberania, mas com inteligência estratégica. Nem subserviência aos Estados Unidos, nem adesão automática aos interesses da China ou da Rússia. O Brasil não é coadjuvante. E tampouco deve ser usado como peça de barganha entre potências em disputa.


Essa é a hora de olhar para dentro. De fortalecer o mercado interno, impulsionar o setor produtivo, consolidar nossa infraestrutura logística e desenvolver uma política externa que não negocie nossa autonomia, mas que saiba construir alianças em benefício do povo brasileiro.


Seja em Davos, Pequim ou Washington, o Brasil precisa ocupar a mesa de negociações como potência agrícola, ambiental, industrial e cultural. Somos um dos únicos países do mundo com território, água, gente e tecnologia suficientes para sermos referência de equilíbrio num planeta em crise.


Tribuna da Imprensa reafirma sua missão: defender um Brasil soberano, justo, produtivo — livre de tutela e dono do seu próprio destino. Que a crise das tarifas sirva de alerta, não de submissão.




COMENTÁRIOS

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.