Fabio L. Dalboni
Relatório de Mercado financeiro - 08/12/2025
Monitor de riscos de mercado indica risco médio para o ambiente de renda variável. Olá investidores,
Faltando apenas dois dias para a reunião do Federal Open Market Committee (FOMC), que definirá a trajetória da taxa de juros americana, os contratos da CME apontam para um corte de 25 pontos-base, com probabilidade de 87,4%.
O humor do investidor segue contido: o índice de sentimento permanece na zona de medo, em 40 pontos, e as proteções de carteira continuam firmes.
No cenário internacional, os juros de 20 anos do Japão atingiram novo recorde histórico, chegando a 2,962% — o maior nível desde 1998. Já nos Estados Unidos, a curva de juros apresenta leve alta no pregão de hoje.
As opções do S&P 500 (SPX) projetam um intervalo de preços entre 6.000 e 7.000 pontos. A partir de quarta-feira, com a decisão do Fed e a proximidade das festas de fim de ano, é provável que a liquidez se reduza.
No quadro de riscos, o Federal Reserve retirou 1,32% de liquidez na semana, aproximando-se de níveis críticos de reservas bancárias. Os bancos seguem relutantes em conceder crédito, enquanto a busca por garantias e colaterais permanece intensa.
A conta corrente do Tesouro americano (TGA) registrou alta de 3,73% na semana, acumulando saldo de US$ 937 bilhões. Já os alertas do mercado de recompra (Repo Market) foram desarmados, o que trouxe o risco de mercado de volta ao nível médio, em 57 pontos — apesar da queda de liquidez.
A curva de juros no Brasil voltou a se abrir de forma acentuada, reflexo direto da ativação do modo pânico entre investidores. O movimento resultou em uma queda generalizada nos ativos locais, reforçando o clima de tensão nos mercados.
Para os operadores experientes em volatilidade, o cenário se transforma em um verdadeiro campo fértil de oportunidades. Ainda assim, a lição permanece clara: em momentos de turbulência, a gestão de risco é não apenas necessária, mas vital para atravessar a tempestade sem comprometer o futuro da carteira.
Este é também um momento de retrospectiva: avaliar o que funcionou, o que falhou e preparar ajustes para 2026.
Bons trades
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