Paulo Protásio

Rio de Janeiro como Capital do Novo Mundo é fundamental e urgente.

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Rio de Janeiro como Capital do Novo Mundo é fundamental e urgente. Colagem de imagens do Rio de Janeiro

Rio de Janeiro como Capital do Novo Mundo é fundamental e urgente. Para alavancar sua conectividade global e desenvolvimento sustentável, temos como vocação uma sequência de cartas na mão. Desde a Rio92. Muitas propostas podem ser detalhadas. A primeira pode ser a do Rio ser um Hub Global de Conectividade e Inovação e essa visão terá início ao transformar o Aeroporto Internacional Tom Jobim e seu entorno em um polo aeroportuário integrado à economia mundial, seguindo o modelo de aerotrópolis como Singapura, com foco em sustentabilidade e inclusão.


Temos tudo pronto para dar partida a novas ações estratégicas como operar o Rio como uma Zona Internacional de Serviços a partir do Galeão. Criar um distrito de logística inteligente, com centros de distribuição de e-commerce, indústrias de alta tecnologia e hubs de comércio exterior, aproveitando a localização estratégica do Rio para rotas Atlântico-Sul e por extensão continental, por todo o Oceano Pacífico. 


Um mundo novo está à espera de nascer para atrair empresas de logística verde e startups de mobilidade. Um verdadeiro Parque Tecnológico Aeronáutico com parcerias como EMBRAER, centros de pesquisa e universidades para desenvolver tecnologias de combustíveis verdes e motores elétricos estão a espera de novas ocupações.

Enfim uma Capital para incentivar a instalação de laboratórios de inteligência artificial aplicada à gestão de uma conectividade regional capaz de integrar o Galeão ao sistema de transporte metropolitano (metrô, BRTs e VLTs) e ao futuro Trem de Alta Velocidade (TAV) Rio-SP é real.  


A nova capital não somente pode ampliar voos regionais para cidades do Sudeste, fortalecendo o eixo econômico Rio-SP como desenvolver um bairro planejado no entorno, com moradias, escolas técnicas e centros de formação profissional para comunidades vizinhas e uma nova visão de interiorização no Complexo Portuário e Hidroviário do Rio Guandu.  


Isso tudo sem esquecer a Baía de Guanabara em processo de reabilitação ecológica como um Hub Cultural Global, símbolo de recuperação ambiental e espaço de integração entre cidade, natureza e cultura, tornando-a cartão-postal da sustentabilidade.


Essas ações estratégicas traduzidas na despoluição da Baía se mostram prontas para acelerar a universalização do saneamento básico nos municípios do entorno (Niterói, São Gonçalo, Duque de Caxias) com tecnologia de biorremediação e nano bolhas para oxigenação das águas.  


Nenhuma surpresa será a recuperação dos manguezais e áreas de restinga, criando um "cinturão azul" de proteção costeira contra mudanças climáticas.  Sem dúvida, a economia azul fomenta a pesca artesanal com certificação socioambiental e cria cooperativas de turismo de base comunitária no mesmo tempo que promove a instalação de parques eólicos offshore e usinas de energia das marés, integrando-as à matriz energética do Rio.  


Com a Aerotrópolis e a Baía de Guanabara como âncoras, o Rio de Janeiro consolidará seu papel de capital glocal, onde infraestrutura de classe mundial se une à inovação socioambiental. Esses projetos não apenas gerarão empregos e renda, mas também resgatarão o orgulho carioca e inspirarão outras cidades a enfrentarem seus desafios com audácia e criatividade. 

Nossa reflexão aborda um tema fascinante: a ideia de que as cidades que foram capitais por longos anos carregam consigo uma identidade histórica e cultural profunda, quase como um "DNA" indelével. Vamos explorar isso com base no que vivemos. Todas as Capitais com "DNA histórico" que foram sedes de poder por mais de um século tendem a desenvolver uma memória coletiva ligada a eventos políticos, culturais e episódios simbólicos. Esse legado se manifesta em sua arquitetura, instituições, tradições e até no imaginário popular.  


O Rio de Janeiro, que foi capital do Brasil de 1763 a 1960, ainda preserva marcos como o Paço Imperial, o Jardim Botânico e o Museu Nacional, além de festas que refletem sua história como centro político e cultural com muito impacto. É fácil, andando a pé em determinados lugares do centro da cidade, sentir os efeitos da transferência da corte portuguesa.

A visão de transformar o Rio de Janeiro em uma "Capital do Novo Mundo" em 2025, alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e à sua herança histórica e cultural, exige um plano estratégico integrado, que combine inovação, sustentabilidade e inclusão. Para tanto proponho as instituições um esboço de ações e pilares para concretizar essa ambição. 


Começar como sempre com o uso de pilares estratégicos como a sustentabilidade ambiental e resiliência climática cercada por uma reestruturação verde. Temos que ter uma expansão dos parques urbanos, corredores ecológicos e projetos de reflorestamento combinadas com a ampliação do Parque Nacional da Tijuca e a aceleração da recuperação de manguezais na Baía de Guanabara.

Esse momento amplia o horizonte da energia limpa com investimento na energia solar, eólica e hidrelétrica sustentável, com metas para neutralidade de carbono até 2040.


Na verdade, a justificativa de modernizar sistemas de saneamento, combater poluição de rios e criar infraestrutura contra enchentes é uma forma de criar um impacto capaz de facilitar a inclusão social e redução de desigualdades com a urbanização de favelas integrada, aceitando transformar comunidades em bairros sustentáveis, com acesso a transporte público, saúde, educação e espaços culturais.

Essa ação elevará a importância da economia criativa e solidária através de cooperativas locais, turismo e hubs de tecnologia em zonas periféricas.


Não tenho dúvida de que é possível aproveitar esse momento de capital para oficializar a educação globalizada com escolas técnicas e universidades internacionais focadas em ODS, com parcerias globais.


O Rio como Capital tem tudo para ser o lugar da inovação e economia do futuro. 


Atrair startups e empresas de energia renovável, smart cities e bioeconomia, com incentivos fiscais e parques tecnológicos é menos do que abraçar o eixo Rio-São Paulo e desenv volver um corredor de inovação interligado por trem de alta velocidade, compartilhando recursos e pesquisas com cultura como motor econômico. 


Governança Global e Diplomacia Urbana somente pode ser realizada tendo por base instituições internacionais aproveitando o Rio como centro de debates sobre clima, biodiversidade e cidades sustentáveis legado da Rio+20 com uma "Agenda Rio 2030”.


Nada mais natural do que acreditar numa plataforma de soluções urbanas, tendo um ou mais observatórios de dados abertos para monitorar ODS e compartilhar boas práticas com outras cidades. Isso torna viável a expansão do metrô, VLTs, ciclovias e frota de ônibus elétricos, integrando regiões metropolitanas.


A revitalização do Porto transforma a zona portuária em um distrito de inovação, com moradias populares, museus digitais e centros de pesquisa. Em 2025, Rio-SP será a única conurbação global, impulsionada pelo trem de alta velocidade que integrará economias e reduzirá emissões.

Tudo tornará 2025 numa plataforma de governança multinível, tendo por base o regime metropolitano com participação de municípios, estados, ONGs e setor privado.


Tudo proporcionará o ambiente da Capital em acesso a recursos via títulos verdes, fundos soberanos e parcerias com bancos de desenvolvimento. Fazer isso acontecer é a única forma de enfrentar a violência e sua política de segurança cidadã, com inteligência artificial focada em prevenção e inclusão juvenil e uma atenção a esquecida longevidade. 

Nosso simbolismo e narrativa é muito poderoso por se tratar de uma marca única. Somos, por conta do DNA, a “Capital do Novo Mundo" após nos posicionar pela UNESCO como primeira Capital Mundial da Arquitetura, a mais recente Capital do G20 e o ponto de encontro dos BRICS. 


Posicionar a cidade como síntese entre tradição e futuro, natureza e tecnologia, local e global dispensa narrativas audiovisuais. Temos tudo para ser o melhor centro urbano para produzir séries, documentários e games que mostrem o Rio como laboratório de soluções para o planeta.

Ou seja, o Rio de Janeiro, com seu DNA histórico de encontro de povos e ecossistemas, tem potencial para se reinventar como uma capital glocal — onde o planejamento urbano sustentável, a cultura vibrante e a cooperação regional se tornem um modelo para o século XXI. Para isso, é crucial agir agora, unindo audácia visionária à execução pragmática, sempre colocando as pessoas no centro.


Paulo Protasio



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