Seropédica: liderança agronômica de excelência

Município receberá Centro de Precisão com sistema de cultivos protegidos

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Seropédica: liderança agronômica de excelência Imagem gerada por IA

Projeto do IVAARJ e da plataforma AGROVIVA inaugura modelo pioneiro de produção agrícola em ambiente controlado, integrando pesquisa, biofertilizantes e inteligência de mercado.


O Instituto da Valorização Agro Social e Ambiental do Rio de Janeiro (IVAARJ) e a plataforma AGROVIVA anunciaram nesta semana a instalação do primeiro Centro de Viveiros de Mudas, Berçários e Estufas de Cultivos Protegidos do estado.

A unidade ocupará um terreno de aproximadamente 30 mil metros quadrados no bairro Jardim Maracanã, em Seropédica, próximo à rodovia Presidente Dutra, e funcionará como um verdadeiro laboratório vivo da nova agricultura fluminense.


Com o apoio técnico da comunidade agrônoma do Rio de Janeiro, o projeto prevê a integração de universidades, órgãos de pesquisa e entidades públicas. Dada a proximidade com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), a iniciativa busca parceria direta com EMBRAPA, EMATER e PESAGRO-Rio, que também mantêm bases no município.


O complexo contará com módulos de 500 m² cada, distribuídos entre estufas, viveiros, laboratório de solos, área de preparo de substratos e centro de distribuição, além de infraestrutura hidráulica e energética automatizada.

O fornecimento de biofertilizantes será realizado pela SOLO SÃO BIOTECNOLOGIA AGROAMBIENTAL, referência em biocatalisadores e compostagem acelerada, garantindo alta produtividade e sustentabilidade ao sistema.


“Nosso objetivo é que esta unidade seja o embrião de uma rede estadual de cultivos protegidos, adaptados às diferentes regiões do Rio de Janeiro e voltados à produção de matrizes orgânicas, não transgênicas, de alta rastreabilidade e valor agregado”, explica a direção do IVAARJ.


PESQUISA DE MERCADO E SEGURANÇA ALIMENTAR

Além do componente tecnológico e ambiental, o projeto levará em conta uma ampla pesquisa de mercado realizada junto ao público consumidor — restaurantes, hotéis, escolas, hospitais e redes de varejo — para identificar os itens alimentares mais sensíveis à variação de preços e à escassez nas prateleiras.


O foco é garantir segurança alimentar para a população fluminense, reduzindo a dependência de produtos de outros estados.

Atualmente, o Rio de Janeiro importa mais de 90% dos alimentos que consome, realidade que se torna crítica diante da perspectiva de crescimento populacional, da retomada do turismo e a reconquista de territórios hoje vulneráveis.


Com o potencial de ultrapassar 35 milhões de consumidores fixos e visitantes até a próxima década, o estado precisa de uma estrutura produtiva moderna e integrada capaz de suprir o mercado interno com regularidade, qualidade e sustentabilidade.


“O Rio precisa despertar para o seu papel como estado produtor de alimentos, e não apenas consumidor. Seropédica está se tornando um ponto de virada nesse processo”, reforça a coordenação da plataforma AGROVIVA.


VIABILIDADE E REPLICABILIDADE

Com investimento estimado em R$ 4,5 milhões, o projeto tem previsão de gerar receita anual superior a R$ 2,5 milhões, oriunda da comercialização de mudas e matrizes, capacitações técnicas, análises laboratoriais e licenciamento de unidades replicantes.

O modelo será escalável, permitindo que cada nova unidade regional opere em

módulos, com investimentos iniciais entre R$ 150 mil e R$ 380 mil, tornando-se núcleos de multiplicação de espécies e polos de abastecimento regional.


Inspirado em polos internacionais de excelência, como Almería (Espanha) e Holanda, o MVP de Seropédica inaugura uma nova fase da agricultura do Rio de Janeiro — baseada em tecnologia, inteligência de mercado e soberania alimentar.


O FUTURO GERMINA AQUI

O Centro de Cultivos Protegidos de Seropédica nasce como projeto-mãe de uma rede agroambiental que une ciência, mercado e impacto social.

Se o Rio de Janeiro for capaz de produzir o que consome, reduzindo perdas logísticas e fortalecendo seus produtores locais, o estado deixará de ser um importador de alimentos para se tornar exportador de soluções agrícolas de alta performance.




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