O Flamengo parece estar vivendo um “déjà-vu” de 2019. Líder do Brasileirão ao fim do primeiro turno, eliminado nos pênaltis da Copa do Brasil por um Atlético, classificação apertada na fase de grupos da Libertadores e agora uma vitória magra sobre o Internacional no jogo de ida das oitavas, com gol de Bruno Henrique no Maracanã — exatamente como há seis anos.

Apesar das semelhanças, o time de Filipe Luís ainda está longe do nível de atuação da equipe comandada por Jorge Jesus. Se o elenco atual é mais qualificado individualmente, a consistência e a intensidade continuam sendo desafios.

O primeiro tempo foi um exemplo de controle total: o Flamengo chegou a ter 75% de posse de bola, trocou mais que o dobro de passes do que o Inter (626 contra 304) e finalizou nove vezes, cinco delas em boas oportunidades. A pressão resultou no gol aos 28 minutos, quando Luiz Araújo cobrou escanteio na medida para Bruno Henrique subir sozinho e balançar a rede.

As estatísticas finais mostram a superioridade rubro-negra:

• Posse de bola: 64% x 36%

• Finalizações (no alvo): 11 (4) x 5 (2)

• Chances de gol: 6 x 0

• Passes (precisão): 626 (87%) x 304 (71%)

• Desarmes: 7 x 19

• Escanteios: 4 x 5

• Faltas: 10 x 11

• Impedimentos: 4 x 0

Mesmo com essa vantagem nos números, o segundo tempo mostrou queda brusca de rendimento. O Inter adiantou as linhas, equilibrou a posse e finalizou mais (4 a 2), enquanto o Flamengo só voltou a ameaçar de forma clara aos 43 minutos, quando Luiz Araújo parou em grande defesa de Rochet.

A vitória por 1 a 0 deixa a classificação em aberto para o jogo da volta. As coincidências com 2019 podem animar a torcida, mas para repetir o final feliz daquela temporada, o Rubro-Negro precisará apresentar mais do que memórias: terá que jogar mais bola.