Trump assina ordem executiva para mudar regras eleitorais nos EUA e cita Brasil como exemplo

Decreto menciona Brasil e Índia como países que adotam proteções eleitorais mais rigorosas


Trump assina ordem executiva para mudar regras eleitorais nos EUA e cita Brasil como exemplo Trump assina decreto que altera as normas eleitorais no país/ Reprodução

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta terça-feira, 25 de março, uma ordem executiva que altera normas eleitorais no país. A medida exige que cidadãos apresentem documentos oficiais para comprovar sua cidadania ao se registrarem para votar. O decreto menciona Brasil e Índia como países que adotam proteções eleitorais mais rigorosas.  

“Apesar de nossa tradição de autogoverno, os Estados Unidos falham em implementar medidas básicas de segurança eleitoral que já são padrão em diversas nações, incluindo aquelas em desenvolvimento. Índia e Brasil, por exemplo, associam a identificação do eleitor a bancos de dados biométricos, enquanto os EUA ainda dependem, em grande parte, da autodeclaração de cidadania”, afirma o texto assinado por Trump.  

A medida estabelece que a Comissão de Assistência Eleitoral exija documentos oficiais, como passaportes ou identidades emitidas pelo governo, para comprovar a cidadania americana. No entanto, certidões de nascimento não serão aceitas. Além disso, a ordem executiva determina que autoridades estaduais e locais registrem e verifiquem essas informações.  

No entanto, especialistas apontam que a medida pode restringir o direito ao voto de milhões de cidadãos que não possuem acesso facilitado a documentos comprobatórios. Wendy Weiser, vice-presidente de democracia do Brennan Center for Justice da New York University, afirmou ao The Washington Post que a ação é ilegal, pois o presidente não teria autoridade para modificar estatutos eleitorais aprovados pelo Congresso.  

A nova ordem reforça a retórica de Trump sobre supostas fraudes eleitorais, apesar da ausência de evidências concretas. Em eleições anteriores, ele alegou, sem fundamento, que votos ilegais influenciaram sua derrota em 2020 e sua perda no voto popular em 2016.  

Além disso, o decreto impede que Estados contabilizem cédulas enviadas pelo correio após o Dia da Eleição. Em 2024, 18 Estados permitiram a contagem desses votos, desde que tivessem sido postados dentro do prazo oficial. Essa prática é comum em locais onde as regras permitem o envio das cédulas até o último dia da votação. O governo também ameaça cortar financiamento federal de Estados que não cumprirem as novas diretrizes.  

Trump defende mudanças por eleições 'sem fraudes' 

Ao assinar a ordem, Trump reiterou seu compromisso com eleições “livres, justas e sem fraudes”. “O direito dos cidadãos americanos a terem seus votos devidamente contados e sem interferência ilegal é essencial para garantir a legitimidade de nossos pleitos”, declarou.  

Mesmo após sua vitória em 2024, Trump segue questionando a integridade do sistema eleitoral e prometeu novas medidas nas próximas semanas. “Nosso país está doente por causa de eleições ruins e fraudulentas. Vamos consertar isso de uma forma ou de outra”, afirmou.  






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