Brasil assume a presidência do Brics com foco em facilitar o comércio entre os países do grupo

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Brasil assume a presidência do Brics com foco em facilitar o comércio entre os países do grupo

 


A partir desta quarta-feira, 1, o Brasil assume a presidência do Brics, grupo que reúne diversos países como Rússia, Índia, China e África do Sul, além do próprio Brasil. A presidência do Brics é rotativa e tem duração de um ano. A previsão era de que o Brasil assumisse o comando do bloco inicialmente em 2024, mas como no ano passado também ficou à frente do G20, coube à Rússia presidir o grupo em 2024.


De acordo com informações do Ministério das Relações Exteriores, o Brasil vai concentrar as atividades relacionadas ao Brics no primeiro semestre deste ano. Isso porque, no segundo semestre, o país sediará a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA).


Em comunicado divulgado nesta quarta-feira, o Palácio do Planalto informou que o Brasil definiu cinco temas prioritários para discussão no Brics:

facilitação do comércio e investimentos entre os países do grupo, por meio do desenvolvimento de novos meios de pagamento;

promoção da governança inclusiva e responsável da Inteligência Artificial;

aprimoramento das estruturas de financiamento para enfrentar mudanças climáticas; estímulo aos projetos de cooperação entre países do Sul Global, com foco em saúde pública; e

fortalecimento institucional do bloco.


Como presidente do Brics, informou o Planalto, caberá ao Brasil organizar e coordenar as reuniões dos grupos de trabalho que compõem o bloco com representantes dos países-membros. O objetivo é debater as prioridades da presidência.

“Há mais de 100 reuniões previstas para acontecer entre fevereiro e julho, em Brasília. Já a Cúpula do Brics, espaço de deliberação entre chefes de Estado e Governo, está programada inicialmente para julho, no Rio de Janeiro”, informou o Palácio do Planalto.


No entanto, uma das questões que preocupam o grupo é que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tem ameaçado estabelecer uma tarifa de 100% sobre produtos dos países do Brics, caso eles substituam o dólar norte-americano por outra moeda em suas transações. A discussão dentro dos Brics, de fato, existe não é de hoje, e tem no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) um de seus maiores incentivadores. Desde o Acordo de Bretton Woods, em 1944, o dólar tornou-se a moeda-padrão no comércio internacional, que até hoje possui aceitação universal, sem contar que a ligação com instituições financeiras globais o solidificaram como referência mundial. Ou seja, as transações comerciais entre países, incluindo membros do Brics, tradicionalmente envolvem a conversão de moedas locais para a norte-americana.


Portanto, vale destacar que essa dependência gera vulnerabilidade às flutuações do dólar e à política monetária dos Estados Unidos, impactando economias emergentes. Isso faz com que o Brics venha a discutir o tema, pois questiona justamente a vulnerabilidade em caso de oscilações na política monetária dos Estados Unidos.


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