Lula demite Nízia Trindade e passa Ministério da Saúde para Alexandre Padilha

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Lula demite Nízia Trindade e passa Ministério da Saúde para Alexandre Padilha

Alexandre Padilha já havia comandado a pasta no Governo de Dilma Rousseff. Ele foi o criador do Mais Médicos / Reprodução


Troca de comando será oficializada em 6 de março. Padilha, do PT, é nome nome forte junto a Lula


A socióloga Nízia Trindade não é mais a titular do Ministério da Saúde, que passará para Alexandre Padilha (PT), atual chefe das Relações Institucionais, o comando da pasta em março. A demissão de Nízia foi anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na tarde desta terça-feira (25).


Em reunião no Planalto, Nízia foi comunicada da decisão presidencial. O comando da pasta será oficialmente trocado durante cerimônia de posse marcada para 6 de março.


A substituição de Nízia Trindade ocorreu no âmbito de uma reforma ministerial que Lula pretende fazer por etapas para fortalecer o governo nas suas relações com o Congresso e recuperar a sua popularidade junto ao eleitorado. Lula quer conferir um perfil mais político aos ministérios.


Além de cobrar que os ministros defendam as ações do governo Lula avalia acolher indicações do Centrão para cargos na Esplanada.


Nísia presidiu a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entre 2017 e 2022, período que coincidiu com a pandemia de Covid-19. A socióloga foi anunciada ministra da Saúde ainda na transição do governo Lula.

A gestão de Nísia foi marcada por crises e críticas por falta de habilidade política para lidar com o maior orçamento do Governo Federal e com a demanda dos congressistas por emendas e reuniões.


Na manhã desta terça, quando muitos no Planalto já comentavam a demissão, Lula e Nísia participavam de uma solenidade para anunciar projetos na área de fabricação nacional de vacinas, sendo a ministra muito aplaudida ao ser anunciada ao microfone.


A demissão de Nísia é a oitava troca em ministérios nos dois anos do governo Lula. Tais mudanças, na maioria das vezes, resultaram da tentativa de ampliação do apoio ao governo no Congresso ou no eleitorado e para resolver crises criadas pelo próprio governo.


Junto ao Congresso, o governo atuou para conquistar votos ampliando a presença dos partidos do “Centrão”, e até de siglas de direita, nos ministérios.


Quanto ao eleitorado, Lula removeu nomes ligados a casos de grande repercussão nacional que desgastaram a sua imagem, como o general Gonçalves Dias, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que foi visto em vídeos circulando entre os vândalos do 8 de janeiro de 2023; Silvio Almeida, dos Ministério dos Direitos Humanos, por assédio sexual moral e sexual; e Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social, para renovar a comunicação do governo e reverter a baixa popularidade de Lula.


Quem é Alexandre Padilha


Nome de confiança de Lula, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) é responsável pela articulação do governo junto ao Congresso Nacional. Padilha, que é deputado federal pelo PT (SP), é Médico infectologista, doutor em Saúde Pública e professor universitário.


A pasta da Saúde já foi ocupada por Padilha no governo Dilma Rousseff, entre 2011 e 2014, quando criou o programa Mais Médicos.


No terceiro mandato de Lula, Padilha atuou como articulador para a aprovação do arcabouço fiscal, da reforma tributária e da primeira etapa da regulamentação das novas regras do sistema de impostos.


Mas o ministro também foi muito criticado por dificuldades do governo na relação com Congresso, especialmente quanto ao apoio do Centrão.


O ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse diversas oportunidades que a base do governo era frágil, tendo inclusive rompido com Alexandre Padilha.


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