Durante décadas, discutimos o passado: golpe ou revolução, esquerda ou direita, heróis ou vilões. Esse debate tem seu valor histórico, mas não pode ser nossa âncora.

O Brasil que queremos — e precisamos — não nascerá de quem vencer o debate sobre ontem, mas de quem souber construir o amanhã.

Hoje, o que está em jogo é um projeto prático de reconstrução nacional, que ultrapasse slogans e polarizações e ative as forças vivas do território brasileiro: os municípios, os Arranjos Produtivos Locais, as cadeias sustentáveis, as inovações descentralizadas, as vocações naturais que transformam potencial em prosperidade. 

Não é Brasília que vai refazer o Brasil. É o Brasil real.

São os ecossistemas locais que sabem onde estão seus talentos, suas vocações, seus desafios e suas soluções.

São as cidades médias que, organizadas em redes, podem ganhar musculatura econômica, autonomia financeira e capacidade política.

São as regiões que, ao explorar suas indicações geográficas e combinar saber tradicional com tecnologia moderna, podem gerar cadeias produtivas de alto valor agregado, interligadas pelos trilhos dos trens, estrelas do Plano de Nação.

Isso não significa isolar o Brasil — pelo contrário: significa prepará-lo para negociar com o mundo de cabeça erguida, com parcerias internacionais sólidas, sem dependência nem submissão.

O papel da Tribuna da Imprensa neste momento histórico, é ser um canal isento dessa nova agenda, uma plataforma articuladora, não apenas uma voz crítica, mas um espaço de conexão entre os agentes do território: produtores, inovadores, investidores, governos locais, pesquisadores, juventudes.

Estamos chamando os leitores, os líderes, os trabalhadores e os sonhadores a assumirem juntos este pacto de reconstruir o Brasil a partir do chão, de transformar esperança em destino - o pacto de fazer o Brasil grande — não só em tamanho, mas em dignidade, prosperidade e capacidade de realização.

Brasil, a hora é agora.

Levantemos juntos.